Evanildo Porto

Evanildo Porto

Subindo para Jerusalém - Mar Morto e Massada -25/05/2014.

Depois de conhecer a magnifica Jordânia, com seus campos, belas e boas estradas, montanhas imponentes de Edon, voltamos para Eilat e no dia seguinte seguimos subindo o deserto do Negev, pela fenda geológica Sírio-Africana. Vimos as montanhas do Negev que após o inverno abastecem com seu degelo regiões desérticas. A partir dessa região começamos a inserir o texto bíblico no seu contexto.  Completamos o deserto florescendo e no mar Morto surgindo lagos de água doce a sua margem, as profecias bíblicas sendo cumprida a olhos nus. Terras áridas, desérticas, aparentemente sem vida produzindo tâmaras, rebanhos de cabras, plantações de pomares no kibutz os primeiros assentamentos que começaram a voltar a palestina no final do século XIX. Hoje verdadeiras fazendas modernas, produzindo no inverno alimentos para a Europa, atividade econômica altamente rentável.

O Mar Morto há quatrocentos metros abaixo do nível do mar, com maior índice de sal por metros cúbicos. Conhecemos que nadar e afundar   é quase impossível. Brincamos feito crianças com a experiência inesquecível. Untamos com a lama vulcânica da margem do mar, com efeitos terapêuticos, quase uma panacéia, a lama para quase todos os males da pele serve. Experimentamos o sabor da água, lemos revistas como se estivéssemos numa jacuzi, o velho renovando como criança na sua primeira experiência com o mar. Lembramos do nosso filho em seu primeiro encontro com as águas do atlântico quando saiu gritando para ao nosso encontro: “‘é salgada pai!” Hoje somos nós “‘é muito salgada!”.

Fomos conhecer Massada, que, provavelmente, significa "lugar seguro" ou "fortaleza", é um imponente planalto escarpado, situado no litoral sudoeste do Mar Morto. O local é uma fortaleza natural, com penhascos íngremes e terreno acidentado. Na parte leste, a face do penhasco se eleva 480 metros acima da planície circundante. O acesso só era possível através de uma difícil trilha que serpenteia pela montanha. Hoje chega-se ao topo em um confortável teleférico.

O historiador judeu do primeiro século d.C. assim escreve: “Neste topo da colina, Jônatas, o grande sacerdote, construiu uma fortaleza que denominou Massada: depois disso a reconstrução do local foi realizada em grande parte pelo rei Herodes”. As ruínas estão permeadas de histórias dos Zelotes que lutaram contra os romanos após a destruição do segundo Templo no ano 70 d.C.

Estrada dos Reis em Petra, Jordânia - 19/05/2014.

De Eilat fomos passar um dia na Jordânia, precisamente para PETRA uma achado arqueológico inestimável de tempos memoriais 

Petra, maravilha do mundo, é, sem sombra de dúvida, o tesouro mais valioso da Jordânia e a maior atração turística. É uma cidade vasta e singular esculpida na própria face rochosa pelos Nabateus, um engenhoso povo árabe que aqui se fixou durante mais de 2000 anos e que a transformou num local importante para as rotas da seda, das especiarias e outras rotas comerciais que ligavam a China, a Índia e a Arábia do Sul ao Egito, Síria

A entrada para a cidade é feita pelo "Siq", um estreito com mais de um quilômetro de comprimento, ladeado por imponentes penedos com 80 metros de altura. Caminhar pelo Siq é, por si só, uma experiência única. As cores e as formações rochosas são impressionantes. À medida que nos aproximamos do fim do Siq, começamos a ver a magnífica Casa do Tesouro - Al-Khazneh.

Esta é uma experiência que suscita admiração. Uma fachada imponente com 30 metros de largura e 43 de altura esculpida na própria face rochosa de um rosa poeirento e que faz com que tudo a seu lado pareça minúsculo. Foi esculpida em inícios do século primeiro para ser o túmulo de um importante rei nabateu e representa o gênio deste povo ancestral.

O conhecer revigora o espírito, sacia a curiosidade e a máquina fotográfica registra o momento da imagem, mas nunca alcança o que estamos sentido ao ver que foi capturado por ela. A grandiosidade e arquitetura deste povo só vai saber quem viu e tocou Petra. As imagens por si só não falam o que os olhos presenciaram como os nossos - Conhecer é preciso!

Sábado, 31 Maio 2014 05:15

Eilat - Sul de Israel - 18/05/14.

Eilat - Sul de Israel - 18/05/2014.

Eilat, sul de Israel, cidade que faz fronteira com o Egito no Golfo de Aqaba. Cidade moderna que dá um tom do contrataste com as cidades do Egito. 

Ficamos surpreso com o nível de modernidade da cidade, prédios suntuosos, orla marítima com barcos riquíssimos, shopping centers modernos, ruas limpas, arborizadas e largas. enfim estamos literalmente no “ocidente” dentro do oriente!  

Fizemos um tour pela cidade com o guia judeu brasileiro, que retornou a sua terra à vinte anos. Senti em suas palavras orgulho de falar da cidade com ênfase para o país Israel. Falava da história da cidade que tem apenas sessenta anos de existência, da segurança, das belezas naturais, do povo e da triplici fronteira - Israel, Egito e Jordânia. 

Quase todas as marcas de consumo do mundo estão presente nesta pequena e moderna cidade no extremo sul de Israel. Quando saímos da faixa fronteiriça do Egito, cansados e empoeirados, precisando de um bom banheiro, o trâmite da alfândega em Israel foi rápido e muito receptivo. É visível a mudança de um país para outro. Alfândega limpa,  banheiros limpos com ar condicionados, logo na saída da faixa de fronteira o nosso guia nos esperava com ônibus numa rua limpa, arborizada, próximo de bares com vista para o mar Vermelho e para as suntuosas montanhas do outro lado no Egito. 

Em Eilat de todas as comodidades da modernidade que conhecemos o mais marcante foi o passeio e o almoço com direito a mergulho num cruzeiro pelo Mar Vermelho, enquanto se aprecia as montanhas do Egito e da Jordânia que são ricas em cobre, que no final do dia a luz do sol, quando no seu declínio faz repetir nas águas do mar o vermelho a cor em tom do cobre nas águas que chega a tonalidade avermelhada acinzentada. Um espetáculo para os olhos, com faixas de belos azuis oceânicos que encanta a todos que gosta da grandiosidade e força que o mar revela.

Visitamos também o Observatório Oceanográfico outra modernidade, uma grande estrutura submersa no mar onde nós somos “observados”. Na realidade inverte-se o vetor de observação, presos num recipiente dentro do mar - estamos no “aquário” e os peixes, água vivas, tartarugas e corais estão livres em seu habitat natural fazendo um desfile de cores e formas que os enclausurados observam cheios de surpresa e admiração.  

E por fim, ainda testemunhamos a renovação  dos votos de casamento dos nossos amigos de Cândido Rondon no Paraná - Tarcísio e Helena - mas conhecido por mim como Indiana Jones e Helena do Faraó. Estavam completando trinta anos de casados! Foi uma decisão de momento a compra das alianças, viram, gostaram e compraram. Tivemos uma expectativa, faltava uma aliança e a loja que teve que pedir que Tel Aviv enviasse e no outro dia a hora marcada lá estavam as alianças. Dizia para o Indiana, um judeu não pede uma venda em qualquer lugar do mundo, imagina na sua própria terra. Ficamos felizes com a alegria dos amigos e comemoramos com um jantar e oração de gratidão a Deus por preservar e abençoar o casal nessa caminhada de trinta anos.

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