Quinta, 17 Dezembro 2015 12:46

Travesia de la Cordillera de los Andes, inolvidable!

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Travesia de la Cordillera de los Andes, inolvidable! - 16/12/2015.

Todos nós brasileiros em nossa vida escolar, em algum momento, já estudamos e sonhamos com a Cordilheira dos Andes! Fronteira natural dos países Andinos, cheias de personagens que povoam as páginas dos livros de história do ensino fundamental. Incontáveis vezes, já fui envolvidos nos devaneios estudantis de como seria a aventura desses conquistadores destemidos que transpuseram a grande barreira geográfica para integrar a América do Sul, na esperança, de ver o continente independente do julgo dos seus colonizadores. Fundaram cidades, organizaram resistências para lutar por uma América  livre e integrada. Sonhadores com Pedro de Valdivia, Francisco de Villagra,  San Martín e tantos outros. 

Nas cidades destes povos, se faz presente a Praça da Fundação e a casa onde estava instalada o Cabildo, centro administrativo e nascedouro do sentimento da independência da Província.  

Na boleia do Casulo móvel subia a Cordilheira pensando na dificuldade que era em tempos remotos, quão difícil foi transpo-la, levando a bagagem em lombos de mulas e a mais pesada dela, o sonho. Só quem sonha, acredita e realiza tem a esperança de ver o imaginado concretizado.

Guardadas as proporções materiais, as minhas são tão grandes e importantes quanto daqueles primeiros desbravadores de lugares não conhecidos. As minhas são apenas a busca aquilo que era apenas sonhado nas páginas dos livros, agora é a realização de sentir, ver e tocar o que era intangível, imaginável. Conhecer é preciso!

Enquanto apreciava a paisagem dirigindo a três mil e duzentos metros de altitude, o pico do Aconcagua  imponente, manchado de neve e gelo, saudava os viajantes - sonhadores, aventureiros, trabalhadores ou turistas - alegrando nossos sentidos.

Fazia também minha reflexão socio-política, quando via a linha férrea serpenteando e furando com túneis as encostas da Cordilheira. Vencendo com pontes, grande extensão do leito do Rio Mendoza, que vai desaguar e fertilizar a cidade de mesmo nome, na planície que começa ao pé da Cordilheira. Por que gigantesca obra ferroviária e rodoviária? 

O caminho natural de comunicação é o mar. Os dois países os tem e em grandes extensões, atlântico e pacífico.

Argentina e Chile não viraram as “costas” para o outro, pelo contrários, integraram. Há um corredor de exportação, a riqueza circulante manifesta nos meios de transportes. 

Quando penso no oeste brasileiro, Acre, Rondônia e Mato Grosso, vejo-os de costas para seus vizinhos Andinos. O nosso mercado é de frente para o Atlântico e de “costas” para o Pacífico. Embora, Mato Grosso seja o centro geodésico da América do Sul. Teríamos que ser, por privilegiada localização o grande corredor do comércio de la America del Sur. Contrário essa logística territorial, seguimos o caminho do isolacionismo do oeste brasileiro. Onde o Brasil devia começar, termina. Não conhecemos a Cordilheira dos Andes, sua magnifica beleza e seu vigor para fluir riquezas.  

Tivemos grandes homens, entre eles o cuiabano visionário - Marechal Cândido Rondon - que sonhou e trabalhou para integrar o Brasil e assim o fez. Atualmente precisamos de Estadistas que integrem o oeste brasileiro com estradas e ferrovias, em direção ao Pacífico. E, deixe que o comércio e a produção, o empreendedor brasileiro faz, como já vem fazendo bem, a muito tempo, por isso, o oeste ainda existe.  

Desde El Tabito, litoral de el Chile.

Fin de la primavera de 2015.

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