Terra dos Faraós – 13 a 16/maio/14.
Entramos no Oriente Médio pelo Cairo, cidade agitada, com transito caótico, sem semáforo, por aqui não se fala baixo e a língua é forte nos seus fonemas, parece que estão discutindo, embora no final do diálogo haja um sorriso largo e gostoso de despedida. Não era briga!
Instalados, hotel confortável, acordei e ao abrir a cortina do quarto e tenho bela vista da pirâmide de Quéops, a maior das pirâmides, ao seu lado Quéfren – filho do Faraó Quéops – e um pouco mais distante, mas na mesma linha de visão os dos seus netos, Pirâmide dos Miquerinos.
Fomos visitá-las, explicações históricas do Guia, fotos, sol escaldante e camelos. Terminei aceitando o desafio de ir até ao camara mortuária do Faraó Quéfren, trinta metros abaixo da sua pirâmide, depois um longo corredor estreito e novamente uma subir uma longa escada até encontrar a câmara mortuária do dono da pirâmide – Faraó Quéfren! O percurso parece fácil, se não fossem as escadas inclimes, estreitas e baixas, só consegui passar quase de joelhos. O corredor tem altura de 1,70 metros e estreitos. Com certezas os construtores – escravos – eram magros e baixos. A camara mortuária é ampla, aproximadamente a grosso modo (12 x 6) metros e a altura no seu ponto alto triangular por volta de 5 metros. O lugar onde os restos mortais do faraó iria ficar devia ser portentoso e no centro do monumento que iria perpetuar seu nome – Piramide de Quéofren.
Depois fomos a Esfinge – estatua com rosto humano e corpo de leão – simbolizando a forca dos animais e a inteligência do homem! E como a historia e a mítica dos homens se repente para os crédulos. Aqui também tem a “Fonte de Trevi” não com a pompa e luxo arquitetônico da Cidade eterna mas, com o mesmo significado: quem deixar uma moeda no poço próximo a Esfinge voltará a Terra dos Faraós. A história se repete a crença, o desejo, a mística como fonte de renda. Ainda vou ver em muitos lugares a mesma manipulação do inconsciente popular.
A historia do Egito é belíssima e inspiradora, o Rio Nilo uma dádiva magnífica de Deus ao povo egípcio! Fonte de vida, todavia, assim como nossos rios no Brasil padece do mesmo mal, a cidade do Gizë, cidade das pirâmides, onde estamos hospedados, colado do Cairo, separado apenas por um dos vários braços do Nilo, polui abundantemente como é visível com a sujeira que a cidade ostenta a margem dos seus canais e vias publicas.
Navegamos no Rio Nilo, visitamos fabrica artesanal de papiro, experimentamos os cheiros das essências dos perfumes locais e degustamos os sabores da culinária local.
E por fim, um povo agitado e comerciante agressivos, impetuoso que deixa a impressão que quer vender qualquer coisa pela forca e não pelo convencimento da nossa necessidade.
Do povo daqui o que mas gostei foi a memória da minha infância, revi muitos colegas da minha meninice. Ao que parece o cuiabano, pelo menos os meus colegas infantes, tem em seu DNA muito do egípcio, aparência, timbre de voz, aspereza e afago no trato. Estou feliz porque em todo lugar me descubro e reafirmo Conhecer é Preciso.