Evanildo Porto
Portugal - Lisboa - 02 a 11/06/2014.
Portugal - Lisboa - 02 a 11/06/2014.
Chegamos no aeroporto de Lisboa, numa tarde de verão agradável e fomos recebidos pelos irmãos metodistas Pra. Cindi e seu marido, também pelo nosso amigo português Pedro Miguel, que mora em Cuiabá e num gesto de cortesia e amizade se dispôs em vir à Lisboa para nos receber. A Pra. Cindi já havia nos reservado a hospedagem na base da Jocum em Mem Martins e deu todas as coordenadas para o Pedro. Obrigado, meus irmão metodistas em Cristo, pelo carinho e atenção, tornando nossa passagem por Lisboa mais econômica e fácil devido ao cuidado que tiveram conosco.
O Pedro como um bom português disse que devíamos esquecer tudo que tínhamos visto e que à partir de agora haveríamos de conhecer a mas bela cidade da Europa, “Lisboa é um museu a céu aberto!” Foram três dias de intenso tour pelo centro histórico, restaurantes, culinária portuguesa e degustação do vinho português. Cidade limpa, preservada, povo hospitaleiro, língua conhecida e até comida brasileira acompanhada da tradicionalíssima MPB. Acho que até ganhei peso extra nesses três dias intensos com o Pedro.
O centro histórico de Lisboa me remete a lembrança do Rio de Janeiro, contudo, mas preservado, limpo e carregada de história e estética que herdamos dos descobridores. Estive sentado ao lado do ilustre filho desta terra, o escritor Fernando Pessoa, quando expliquei porque escolhi o nome Conhecer é Preciso. Pela atitude do consagrado escritor que “ouviu” impassível a explicação, acho que terminou concordando com minha opinião, isso por que, diz o adágio popular “quem cala consente”. Fernando Pessoa consentiu, fiquei feliz tenho o apoio silencioso do Fernando!
Com o excelente Guia lisboeta apaixonado por esta cidade, Pedro nos levou pelas ruelas, becos, praças e monumentos que contam a história deste país que ajudou nos seus tempos áureos de navegação, alargar as fronteiras do mundo de então. A arquitetura, monumentos e desenhos da cidade vejo que hoje estou conhecendo a matriz, a forma primitiva que inspirou as primeiras cidades do Brasil, fantástica semelhança com o Rio de Janeiro, que um dia foi a capital do Império Português com a chegada da Família Real ao Brasil. Nasce ai o jeitinho brasileiro, a colônia transformada em capital do Império sendo ainda colônia. Nada mas inusitada e pertinente, assim nasce florescendo a cultura, principalmente o linguajar do carioca da gema com sua pronuncia acentuada pelo chiado no final das palavras. Quando ouço o sotaque português algo familiar desperta meu sentido auditivo que acostumei a ouvir no Rio quando por lá morei. Gostei tanto que tenho uma carioca ao meu lado há trinta anos.
Lisboa precisa ser apreciada com tempo e sede de conhecer sua história, assim também vamos descobrindo as nossas origens e costumes. A estátua de Fernando Pessoa, sentada junto a mesa com cadeira para o convidado do escritor, está na frente da centenária confeitaria A Brasileira de 1905 que muito lembra a conhecida Confeitaria Colombo do Rio de Janeiro. Conhecer Lisboa é um prazer, passeia-se pela história do povo português como se estivesse a um “museu a céu aberto” como repetia insistentemente o amigo Pedro Miguel. Termino este artigo feliz de estar aqui e afirmando: Pedro tem razão, Lisboa é uma bela cidade, espero estar de volta um dia, por que não conhecemos tudo que é preciso!
Tel Aviv - 30/05 e 01/06/2014.
Tel Aviv - 30/05 e 01/06/2014.
Depois de ter visitado o norte que faz fronteira com a Síria e o Líbano, as colinas de Golã, as ruínas da colossal Cesaréia marítima de Herodes o grande, o aqueduto romano que abastecia Cesaréia, o Monte Carmelo, onde Elias enfrentou os profetas de Baal e contemplar a grandiosidade do Vale do Megido ou Amargedon, fomos descansar em Tel Aviv.
Tel Aviv foi fundada por uma comunidade judaica em 1909 nos arredores da antiga cidade portuária de Jaffa. O seu aeroporto está na cidade vizinha de Jope, cidade carregada de acontecimentos bíblicos, como a experiência do profeta Jonas com o grande peixe, no Antigo Testamento. Visitamos a casa do Simão Pedro relatada no Novo testamento na experiência da visão do apóstolo Pedro dos animais impuros.
De Jope temos uma bela visão do mar mediterrâneo, que ao longo da sua praia aparece a moderna cidade de Tel Aviv, centro comercial pujante, com grande rede hoteleira, porto marítimo revitalizado com grandes restaurantes e o maior centro de lapidação de diamantes de Israel. Embora o país não produza diamantes, mas tem a melhor mão de obra, na delicada arte de transformar a pedra rara em objeto de desejo mais caro do mundo, o brilhante! O crescimento de Tel Aviv, logo ultrapassou Jaffa, que tinha maioria árabe na época. Tel Aviv e Jaffa foram fundidos em um único município em 1950, dois anos após a criação do Estado de Israel. A Cidade Branca de Tel Aviv desde do ano de 2003 é considerada pela UNESCO como Patrimônio Mundial.
A Cidade é um importante centro econômico, sede da Bolsa de Valores de Tel Aviv, além de escritórios corporativos e centros de pesquisa e desenvolvimento, e um dos principais centros de artes cênicas. Tel Aviv tem a segunda maior economia do Oriente Médio depois de Dubai, tem uma população de 2,5 milhões de visitantes internacionais por ano. Tel Aviv é a quinta cidade mais visitada no Oriente Médio e na África. É conhecida como "a cidade que nunca dorme" e como a "capital das festas", devido à sua vibrante vida noturna, ambiente jovem e vida cultural.
Foi nesta cidade que terminamos a viagem pelo oriente médio, com dois dias de descanso, sem compromisso de tour em grupo, apenas nos deixando levar pela curiosidade de conhecer mais uma beleza de Israel.
Chegamos na sexta feira à tarde e como sempre fomos instalados num confortável hotel a beira da praia, orla com calçadão onde se aprecia a exuberância do mediterrâneo, muita agitação própria das cidades litorâneas do Brasil, gente bronzeada, muitas pessoas pedalando bike verdes alugadas, grupos fazendo exercícios aeróbios com música, crianças correndo, brincando, livres e felizes sob olhares atentos e protetores dos seus pais.
Sábado, diferentemente de Jerusalém que neste dia as ruas são praticamente desérticas em razão da religiosidade, Tel Aviv pulsa diferente, cidade moderna, cosmopolita. Hotéis cheios, logo, turistas ávidos por consumir a cidade, efervescência nas ruas, bares e restaurantes apinhados de gente, shopping modernos oferecendo todos os objetos do consumo que hoje são universais e o revitalizado porto da cidade com restaurante para todo tipo de gosto e bolsos.
A noite nesta parte do mundo o sol se esconde por volta de vinte e uma horas e aproveitamos o dia longo para caminhar na orla, que estava bela para tirar fotos inesquecíveis. Parece que o sol se despedia de nós com o resplendor dos seus raios refletindo nas águas do mediterrâneo, como quisesse marcar em nossas memórias os dias inesquecíveis que passamos aqui em Israel. Amanhã vamos partir para o velho continente, a Europa, faremos conexão em Roma para Portugal, na cidade de Lisboa conheceremos a história na fonte, contada pelos descobridores do Brasil. Beberemos na fonte por que conhecer é preciso!
Mar da Galiléia - 28 e 29/05/2014.
Mar da Galiléia - 28 e 29/05/2014.
Chegamos em Teberíades na margem ocidental do mar da Galiléia, embora conhecida como mar é um grande lago de água doce com quase 20 km de comprimento, largura máxima de 13 km e 213 metros abaixo do nível do mar mediterrâneo e é considerado um mar isolado por não ter nenhuma ligação com outros mares ou oceanos.
Faz fronteira com a Jordânia. Na realidade é uma grande bacia hidrográfica que armazena as águas que vem das colinas de Golã e dos países fronteiriços, Síria e Líbano. Depois de instalados num confortável hotel com vista para o grande lago, também conhecido de mar de Tiberíades ou lago de Genesaré fomos conhecer as Colinas de Golã, que está a nordeste do lago.
O imponente Monte Hermon está na fronteira com o Líbano, região com muitas bases militares israelenses. Visitamos uma colina que era um antigo posto avançado de vigilância, atualmente ponto turístico com suas trincheiras e arames farpados em campo minado que faz divisa com o Líbano. A vista é soberba, vê-se até as colinas dos países vizinhos. O lugar onde estávamos é turístico, isso porque, existem duas colinas mas alta com grandes aparatos militares de vigilância de Israel. Embora tem-se uma normalidade no cotidiano, existe um constante estado de vigilância eletrônica e física na região.
A região é de uma fertilidade aparente com vastas plantações, predominantes de uvas, tâmaras, cerejas, azeitonas, mas encontramos ainda melancias, amoras e muitas outras frutas, tudo às custas de muita irrigação por gotejamento. Visitamos uma grande plantação de azeitonas com sua fábrica de prensar o fruto para extração do precioso azeite de oliva. E ainda fomos visitar um vinhedo com sua esplêndida adega com degustação de vinhos, com a devida demonstração de como é o seu fabrico até a explicação da fina degustação dos vinhos de várias qualidades de uvas.
Almoçamos num kibustz com vista para o majestoso Monte Hermon ao sabor das frutas abundantes da região e do sanduíche falafel e da pita com os condimentos próprios dessa culinária milenar. Na volta paramos ainda à beira da sinuosa estrada para comprar as saborosas cerejas , que estavam sendo colhidas naquele momento. Conhecemos as Colinas de Golã com suas memórias bíblicas e com seu atual valor estratégico militar para o Estado de Israel.
E por fim visitamos um local belíssimo a margem do Rio Jordão, lugar este carregado de eventos bíblicos tendo como testemunhas suas águas. Percorremos sua margem ocidental de outro lado é a Jordânia, presenciamos manifestação de fé através do batismo de vários povos que ali estavam. Na margem ocidental muitas árvores plantadas por pessoas e entidades com devida placa de identificação, na esperança de serem vistas e lembradas por milhares de visitantes de todo mundo que por ali passam. Na verdade o Rio Jordão é um pequeno rio com águas tranquilas que corre mansamente para o mar da Galiléia, mas supera em grandiosidade em seu tamanho no imaginário coletivo do mundo cristão.